Sem imaginação
Olho por cima do ombro
E bem lá ao fundo, vejo colinas
Colinas que vejo todos os dias!
E não me impressiono com nada
Do que elas me mostram!
Estou sem inspiração
Digo isto bem cá do fundo!
Do meu coração
Onde também existem colinas!
E espinhos que me ferram
Sem que me aperçeba!
Estou revoltado comigo mesmo
Perdi o dom da poesia
Aquela alegria, aquela viver
De um outrora por muitos elogiado!
Valessem-me agora as forças que me lavantavam
Na altura em que tinha imaginação!
Para que continuasse a fazer poemas
Não da exaustão da minha mente
Mas com a utilização do coração!
Pedro Nuno 2006-10-4